Hoje comecei com o Negros Hábitos que apesar de não ser dos melhores realizados por ele, não deixa de ser uma boa história. Almodóvar pega num convento que se encontra em plena crise, tanto de manutenção como crise de valores, e através do seu estilo muito próprio e característico leva as personagens ao extremo e ao ridículo tornando assim um assunto, neste caso a religião católica, mais susceptível de ser criticado. Veja-se pelo percurso de 4 das personagens, uma das freiras é viciada em heroína e obcecada por mulheres problemáticas. outra é anónimamente escritora de romances erótico-sensacionaljstas, outra é apaixonada pelo padre. Para perceber a dimensão deste filme é preciso contextualizá-lo cronológicamente, foi exibido 10 anos após o regime ditatorial de Franco, numa Espanha ainda ressentida e maioritáriamente católica.
O segundo filme que vi foi o aclamado Volver com a óscarizada Penélope Cruz, por quem eu admito nunca ter levado, por ignorância, muito a sério a, a sua carreira até ter visto o seu brilhante desempenho no papel de Maria Elena no Vicky Cristina Barcelona de Woody Allen. Penélope encarna a personagem duma mulher de classe média-baixa, mãe duma filha que acaba por matar o seu suposto pai e que vê o "fantasma" da sua mãe regressar ao seu mundo para se redimir do seu passado problemático com a filha. Neste, Almodóvar deixa mais aparte o seu lado crítico e adopta uma postura mais pessoalmente afastada do decorrer da história.
Agora falta-me ver mais 3 filmes, o Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos, A Lei do Desejo e o Tudo Sobre a Minha Mãe e rever o Má Educação. Depois escreverei aqui o que achei!
Um comentário:
não há nada como um tarantino :)
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